Guardas municipais de São Miguel dos Campos, no interior de Alagoas, realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (10) contra pontos de um Projeto de Lei que tramita na Câmara de Vereadores para inclusão de um adicional de risco de vida para a categoria, que, segundo os manifestantes, retiram outros direitos já conquistados.
"O prefeito [George Clemente] encaminhou o projeto, mas nele há retirada de direitos, frutos de um árduo trabalho de muitos anos da categoria e isso não podemos aceitar", disse o presidente da Sindguarda, Carlos Pisca.
A reportagem tenta contato com a prefeitura de São Miguel
dos Campos, mas não tinha conseguido até a última atualização dessa reportagem.
O projeto foi colocado na pauta desta segunda, mas os vereadores pediram vista para analisar melhor o texto. Três comissões devem examinar o projeto durante 15 dias, depois disso, a categoria será chamada para uma reunião.
"Nós conseguimos sensibilizar os vereadores e eles vão
analisar com calma nossa situação. Depois vamos nos reunir e ver como esse
projeto ficou", disse Pisca.
O salário-base da categoria é de R$ 936,04, um valor menor
que o salário mínimo atual. "O valor é uma vergonha e o prefeito até hoje
não fez essa correção e nossa categoria sofre com isso. Há um projeto de lei
que está no STF para implantar o adicional de periculosidade, mas a prefeitura
sabendo que vamos conquistar mais direitos, encaminhou um novo projeto
modificado, com retirada de direitos dos que não estão mais na ativa, além de
acabar com os direitos adquiridos e gratificações", disse um guarda
municipal que não quer ser identificado.
https://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2022/10/10/guardas-municipais-de-sao-miguel-dos-campos-al-fazem-protesto.ghtml